Alunos do 8° e 9° ano do Ensino Fundamental das escolas municipais Roberto Jorge e Luiz Jacob participaram nesta quarta-feira, dia 29, do encerramento das atividades deste ano do curso de robótica, que é realizado por meio de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação (SME) e o Instituto Federal de São Paulo (IFSP). 

A grande atração da cerimônia de encerramento foi justamente a batalha de robôs que foram fabricados pelos próprios alunos em sala de aula, como informa a professora do Instituto Federal, coordenadora do projeto e doutora em Ciências na área de Física Computacional, Luciene Cavalcanti Rodrigues.  

“Os alunos fizeram os carrinhos, colocaram rodinhas e conectaram via Bluetooth (tecnologia de conexão sem fio de curto alcance) a um aplicativo para controlar os movimentos do carrinho. A ideia é que um carrinho estoure a bexiga do outro, então puseram na frente os furadores, que são os alfinetes e do outro lado colocaram a bexiga, teve personalização, enfim, todos os carros foram produzidos em sala de aula pelos alunos. Nós temos as peças, que são os kits de robótica e eles foram montando, entendendo a parte eletrônica, de programação, tudo concebido por eles. Encerramos o ano com chave de ouro! A molecada ficou empolgada com a competição e eles gostaram de participar de todo o processo”, explica Luciene Rodrigues.

Segundo a professora, a robótica auxilia no processo de aprendizagem de várias disciplinas. “Para desenvolver os projetos eles têm que fazer estudos, fizemos irrigação, fizemos automatização de portões, então tem várias coisas do cotidiano que o aluno aprende como foi desenvolvido. Ao fazer o protótipo eles têm que passar energia, aprendem a abrir os componentes, fechar, o que é um sensor, então eles se tornam muito mais proativos, muito mais criadores, protagonistas”, diz Luciene.

O aluno da escola Roberto Jorge, Matheus Santana Gomes, de 14 anos, que há um ano faz o curso de robótica, diz que aprendeu muito nesse período. “Eu comecei junto com a minha equipe a desenvolver o protótipo do carrinho no mês passado e aí nós chegamos nesse resultado. Gosto de fazer o curso de robótica, é muito legal, porque eu aprendo bastante”, diz Matheus.

A colega Maria Eduarda Carvalho de Freitas, 13 anos, compartilha do mesmo sentimento. “O curso é muito legal, nós aprendemos várias coisas e eu gosto bastante de participar”, diz ela. Para o estudante Luan Henrique Evangelista, 15 anos, “o curso de robótica é um dos melhores que eu já fiz. Esse foi o que eu mais tive aulas e que mais aprendi”.

Curso de Robótica
O trabalho começou em 2022 e foi retomado em abril deste ano, em sintonia com a competência 5 da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que prevê o uso da tecnologia como ferramenta de desenvolvimento pedagógico. No total, os primeiros beneficiados com esta parceria foram 75 alunos da rede municipal de ensino.

O curso, cuja carga horária foi de duas horas por semana no laboratório do Instituto Federal, trouxe para aos estudantes a possibilidade de aprender conteúdos relacionados à robótica, raciocínio lógico, gamificação e programação, como explica Karina Perez Guimarães, assistente de programas e de projetos da SME.

“O projeto em parceria com o Instituto Federal possibilitou a iniciação de jovens dos últimos anos do Ensino Fundamental como protagonistas no desenvolvimento de jogos digitais, programação e robótica, favorecendo assim o desenvolvimento da cultura digital por meio do raciocínio lógico, aprendizagem baseada em projetos, da criatividade e da igualdade de oportunidades”, diz Karina Perez.

Instituto Federal 

O campus de Rio Preto do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), foi aberto em 2021 em parceria com a Prefeitura de Rio Preto, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), onde foram ofertadas 300 vagas para cursos de extensão de formação voltado para educadores no Campus Rio Preto, com os temas “Ensino híbrido: práticas repensadas de sala de aula”, “Cultura africana e afrodescendente na sala de aula: currículo e prática pedagógica” e “Metodologias Ativas e Ferramentas Digitais” e “Tecnologia e Gamificação Aplicada ao Ensino: Formação Docente, Criatividade e Inovação em Sala de Aula”.