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Educação

CEDET Rio Preto: 12 anos transformando vidas, realizando sonhos

Trabalho visa prover variedade de oportunidades para jovens da comunidade, igualmente capazes e talentosos

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Comunicação Social

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Comunicação Social

Existe um trabalho desenvolvido há anos pela Secretaria Municipal de Educação (SME) que faz a diferença na vida de muitos jovens rio-pretenses, mas que a maioria das pessoas ainda não conhece: trata-se do Centro para Desenvolvimento do Potencial e Talento (CEDET).

O CEDET é um centro de educação especial idealizado pela educadora Zenita Guenther, em Lavras, Minas Gerais, em 1993, e Rio Preto foi uma das primeiras cidades do Brasil a adotar a metodologia, que surgiu para complementar a formação de alunos talentosos, atender às necessidades educacionais especiais que vão além das possibilidades do ensino regular.

Em 2011, quando foi criada a equipe de profissionais especializados, a SME, por meio da Gerência de Educação Especial, estabeleceu uma unidade do CEDET dentro do CIECC – Complexo Integrado de Educação, Ciência e Cultura, localizado na Av. João Batista Vetorazzo.

Atualmente mais de 120 alunos da rede municipal de ensino são atendidos no espaço do CIECC, onde são realizadas diversas atividades como teatro, artes, dança, ciências, inglês, espanhol, matemática e xadrez.

Um dos aspectos relevantes do trabalho é a preocupação em prover variedade de oportunidades para jovens da comunidade, igualmente capazes e talentosos. Para isso, foram criadas redes de influência entre famílias, comunidades e escolas – com objetivo de atuar em sinergia de modo que cada aluno receba o que necessita para desenvolver o próprio potencial.

Para a estudante universitária Ludmila da Silva Marques, que participou do programa e hoje está cursando o segundo ano de Licenciatura em Letras (Inglês/Português) na Unesp, o CEDET de Rio Preto mudou a sua vida completamente.

“O CEDET é fundamental para os estudantes, mas o principal que o CEDET faz é sobre acreditar, porque muitas vezes o aluno, principalmente de rede pública, mais vulnerabilizado, não tem perspectiva de que ele pode fazer alguma coisa além, de que ele pode ser uma pessoa muito melhor, de que ele pode alcançar grandes coisas e de que ele tem esse potencial, essa capacidade. Os educadores, professores e facilitadoras, acreditam muito na gente e isso eu carrego para vida toda!” diz emocionada a universitária Ludmila.

A estudante lembra ainda que foi por meio do programa que ela conseguiu uma bolsa para aprender inglês na escola privada América, oportunidade que definiu a sua carreira profissional.

“Eu nunca paguei um centavo, foi tudo conquistado pelo CEDET. E depois de alguns anos estudando inglês, o América me pediu para ser professora. Ganhei experiência e descobri a minha paixão em dar aula, minha paixão em lecionar. Então, em 2021, fiz o vestibular para a UNESP para fazer licenciatura em letras para poder ter a formação necessária para ser uma educadora na área da linguagem. O CEDET foi fundamental para o meu desenvolvimento para a realização do meu sonho e por ele eu tenho uma profunda gratidão”, diz Ludmila Marques.

William de Almeida Ferreira da Silva, que passou pelo CEDET e que hoje estuda engenharia de controle e automação, é outro exemplo que teve a vida transformada graças ao apoio recebido.

“Sem o CEDET eu certamente não estaria fazendo o que estou fazendo hoje. Desde o ensino fundamental, o CEDET foi um divisor de águas na minha vida acadêmica e pessoal, quando proporcionou a mim e outros alunos do 9º ano a preparação para entrar na ETEC Philadelpho Gouvêa Netto – onde quis entrar por conta do meu interesse potencializado pelo CEDET e onde conquistei as medalhas que usei para ingressar numa graduação da Unicamp. Graças ao estudo, ao apoio das facilitadoras e oportunidades como a iniciação científica e os projetos com o professor Fernando Fonseca, tudo isso, não seria possível sem o CEDET”, declara William.

Segundo a professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE), Reni Trombi, os alunos que participam do CEDET foram sinalizados nas escolas municipais. “Todo ano tem sinalização e aqueles que se destacam em alguma área são encaminhados. Por meio dessa análise ou por algum relatório do professor que a gente percebe essas habilidades”, diz a professora do AEE.

Os estudantes passam por seleção dentro da escola e depois fazem uma entrevista. Após este processo, cabe aos pais ou responsáveis levá-los para as atividades. Geralmente o aluno escolhe o que fazer, desde que tenha a ver com a sua habilidade ou algo novo que ele queira aprender.

“Nós também temos parceiros que não trabalham aqui, os alunos ao invés de virem para o centro eles vão para esses parceiros que dão as bolsas de estudos”, informa a professora Reni.

O CEDET tem aulas mais individualizadas e funciona segunda, quarta e sexta-feira, no período de contraturno escolar. Geralmente o aluno faz a aula, fica uma hora e meia, mas tem aqueles que acabam ficando o período inteiro de três horas.

Fernando Menegom Bonfim, professor do AEE da escola municipal Deputado Silvio Benito Martini, explica o que faz no CEDET, onde ministra aulas de informática e xadrez.

“Aqui no CEDET nós estamos com alunos do 4º e 5º ano e as aulas de xadrez servem para ensinar estratégias, desenvolver, aprimorar o raciocínio lógico. O jogo ajuda a prestar atenção e contribui muito para a matemática. A questão é o raciocínio lógico que pode ser utilizado em qualquer situação da vida deles”, conclui o professor.

Aluno Tiago Dianim Sobrosa, 9 anos, diz que adora ir ao CEDET. “Eu estou aqui jogando xadrez, eu gosto das aulas e aprendi várias coisas sobre as matérias que faço, informática, artes. Sou da escola prof. Oscar Arantes Pires e venho aqui três vezes por semana”, diz ele.

Para Matheus Henrique da Silva Pinheiro, 11 anos, o grande interesse é pelas aulas de informática. “Eu acho essas aulas aqui no CEDET super top! Em informática estou aprendendo a fazer e-mail. Muito legal poder vir aqui e ter vários conhecimentos. Eu sou da escola Oscar Arantes Pires e venho aqui duas vezes por semana, quarta e sexta”.

Já o grande interesse de Arthur Alonso Santos Gonçalves, 10 anos, é pela disciplina de Ciências. “Eu aprendi a usar o microscópio, eu já vi bactérias, células. Aprendi também a usar o computador, abrir programas e quando crescer quero ser programador”.

“O trabalho da equipe do CEDET é organizar a pesquisa e identificação dos alunos, prover recursos, buscar parceiros – que tem grande empatia pela proposta – e apresentar à sociedade o quanto vale a pena investir na educação de nossos alunos e o quanto esse investimento traz bons frutos. Me emociona ouvir os depoimentos das famílias e dos alunos, essa é a maior motivação para nosso trabalho e nos mostra que estamos no caminho certo”, diz a analista de programas e projetos e coordenadora do CEDET, Érika Volpe Marangoni.

PRINCIPAIS PARCEIROS DO CEDET HOJE

America English School, CCLi Consultoria Linguística, Contexto curso de Redação, Kelvin Pré-Vestibular, Kumon, IFSP – São José do Rio Preto, Clube da Matemática – Unesp – Rio Preto, Projeto Guri e Colégio Santa Tereza.

O PAPEL DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A Educação Inclusiva tem o papel primordial de garantir a aprendizagem de todos os estudantes. Assim, a educação especial na perspectiva de educação inclusiva deve promover acessibilidade e a garantia de direitos a todos os estudantes com deficiências, Transtornos do Espectro Autista (TEA) e Altas habilidades/Superdotação possibilitando condições e estruturas físicas e pedagógicas para que tenham oportunidades e equidade de partilhar relações sociais com outras crianças e aprenderem dentro de suas habilidades e capacidades.

SOBRE ZENITA GUENTHER FUNDADORA DO CEDET

Depois de se aposentar da função de professora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais, Zenita Guenther fundou o CEDET em Lavras, Minas Gerais, um dos primeiros institutos a trabalhar com superdotação com foco em três vertentes: o atendimento a crianças, a famílias e a formação de professores. As primeiras unidades do CEDET instaladas no Brasil surgiram nos municípios de Lavras, Assis, São José do Rio Preto e Poços de Caldas.

Psicóloga de formação, Zenita é mestre em Orientação e Aconselhamento Psicológico pela Universidade South Florida e Ph.D. em Psicologia da Educação, pela Universidade da Flórida, nos Estados Unidos. Estudou e trabalhou com a psicóloga e educadora russa Helena Antipoff, uma das maiores autoridades do mundo em psicologia da inteligência.

 

Texto e fotos: Cristiano Furquim/Secretaria de Educação

 

 

 

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