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Gestão das Águas

Meio Ambiente apresenta Diagnóstico de Nascentes

Levantamento identificou 130 nascentes a montante da Represa Municipal o que vai nortear recuperação e preservação

Por:

Josy de Sá

Atualizado:

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Fabrício Spatti / SMCS

A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, apresentou na tarde desta quinta-feira, 6/6, a primeira etapa do Diagnóstico de Nascentes de São José do Rio Preto. 

A apresentação aconteceu no gabinete do prefeito, Edinho Araújo, e antecedeu a assinatura do Programa Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais da Prefeitura de São José do Rio Preto (PSA), que será subsidiado por este levantamento. 

“O Diagnóstico de Nascentes é  um projeto histórico e pioneiro, que junto ao PSA irá transformar as micro-bacias hidrográficas, beneficiando a Represa, o rio Preto e os mananciais do entorno, não só para nossa cidade como para a região. Além disso, as ações vão conscientizar a todos, os pequenos e grandes proprietários, transformando todos em protetores das águas”, destacou o prefeito. 

Diagnóstico

Em 2022, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, iniciou o projeto para a realização do Diagnóstico das Nascentes do Município. Inicialmente, o trabalho foi dividido em duas etapas, sendo a primeira, o levantamento das nascentes situadas a montante da Represa Municipal e que foi apresentado nesta quinta-feira e, a segunda etapa, ainda a ser realizada a jusante.

O trabalho contou com o apoio da Secretaria Municipal de Obras, que viabilizou o uso de um aplicativo, e do Semae (Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto), que realizou a sobreposição de mapas para identificar possíveis nascentes no município. Com essas informações, a equipe técnica da Secretaria de Meio Ambiente pôde ir a campo para realizar o levantamento. Durante esse trabalho, o Semae também auxiliou na tomada de informações in loco. Nesse processo, foi necessário o apoio da Polícia Militar Ambiental, pois algumas nascentes estavam dentro de propriedades privadas ou em áreas de difícil acesso.

Microbacias

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Nesta primeira etapa foram abrangidas as microbacias do rio Preto, Onça/Lagoa, Cedro, Sossego e Macaco, todas a montante da Represa Municipal. Com base em informações técnicas e científicas, foram definidos vários atributos a serem levantados, estabelecendo-se assim as seguintes categorias para as nascentes: protegidas, interferidas, ameaçadas, desprotegidas e inexistentes.

    •    Protegida: Nascente com mata ciliar densa ao redor, cercada ou isolada.
    •    Ameaçada: Nascente com mata ciliar não muito densa e sinais de intervenções.
    •    Desprotegida: Nascente que possui ou não mata ciliar, mas sofre com o pastoreio devido à ausência de uma barreira entre o pasto e a mata ciliar.
    •    Interferida (Recuperar): Nascente sem mata ao redor, com intervenções humanas.
    •    Inexistente: Nascente não identificada no mapeamento inicial.

Objetivos

Ao final desse processo, foram identificadas 130 nascentes a montante da Represa Municipal, distribuídas da seguinte forma: 13 nascentes protegidas, 39 interferidas, 25 ameaçadas, 53 desprotegidas e 2 inexistentes.

O trabalho realizado pela Prefeitura é inédito e teve como objetivo mapear e conhecer a situação das nascentes com o propósito de recuperar e preservar, garantindo assim o fluxo de produção de água e a função ambiental dos mananciais.  Com base nesses dados é que está sendo apresentado o Programa Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) que virá como a solução para a recuperação das nascentes. 

A Secretária de Meio Ambiente e Urbanismo, Kátia Penteado, que participou da apresentação do Diagnóstico, falou sobre a importância deste trabalho, ante a uma realidade de mudanças climáticas não só com impactos locais como em todo o planeta. “A gente só consegue gerir o que conhece, precisamos ter argumento para tomar decisões e é esse conhecimento com critério que buscamos e alcançamos neste estudo. É dessa forma que vamos conseguir recuperar nascentes, nossos mananciais e nossas áreas de preservação permanentes (apps). A degradação é histórica, mas nós temos que unir forças e tomar atitudes urgentes para reverter. Estamos numa força tarefa para virar essa chave, o problema não é só local, é mundial e depende de cada um de nós”, explanou a secretária de Meio Ambiente. 

O superintendente do Semae, Nicanor Batista Júnior também destacou a importância do projeto para a manutenção da Represa Municipal que hoje é responsável por cerca de 20% do abastecimento de água da cidade e do rio Preto, que depura os efluentes. 

“A partir do momento que você recupera as nascentes e planta árvores, você planta água, o que vai chegar na nossa Represa Municipal, de onde sai parte importante do nosso abastecimento. A Represa hoje está trabalhando no limite e há épocas do ano em que não conseguimos extrair água para o abastecimento. Com este trabalho conjunto vamos conseguir aumentar a expectativa de oferta de água de 20 a 25%, assim vamos restaurar um equilíbrio que precisamos para os próximos 10 anos”, pontuou Nicanor.

Veja o levantamento completo

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