A sexta-feira, 31, entrou para o calendário como um marco, um divisor de águas na história das parcerias entre a Secretaria Municipal de Educação (SME) e as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) do município. Desde 2017, quando os termos de referência foram adequados a Lei 13.019/2014, as entidades começaram a ter um outro olhar.

Profissionais das entidades sem fins lucrativos e professores formadores da Secretaria Municipal de Educação estiveram reunidos nesta sexta, 31/3, pela manhã, no Complexo Swift para um encontro inédito. No total, participaram da reunião formativa 24 entidades parceiras da Prefeitura.

Pela primeira vez, as OSCs passaram a ter formação pedagógica para acompanhamento dos alunos no contraturno, proporcionando ao estudante da rede municipal de ensino um desenvolvimento integral, com acompanhamento dentro e fora da escola.

“A colaboração das Organizações da Sociedade Civil na rede municipal de ensino nos apoia no contraturno com atividades extracurriculares e agora também na recuperação e recomposição das aprendizagens”, explica Leandra Justo Herrera, coordenadora executiva de políticas públicas e responsável pelo departamento de ensino da SME.

A coordenadora pedagógica do projeto de contraturno Escola Viva, unidade Eldorado, Juliana Rodrigues Antunes, comemora a mudança. “É uma conquista para os coordenadores pedagógicos das Organizações da Sociedade Civil. Hoje se inicia uma ação formativa. Esse encontro é uma conquista e vai fazer toda a diferença na organização desse trabalho com as crianças. Nós atendemos muitos alunos do contraturno escolar e eu sei que eles serão beneficiados com todo conteúdo que a gente vai receber”.

As OSCs – também conhecidas como entidades que não têm fins lucrativos e que realizam diversos tipos de ações solidárias para públicos específicos – têm um termo de colaboração com a Prefeitura, por meio da Educação, para atendimento dessas crianças no contraturno escolar.

“Nós estamos iniciando um diálogo necessário em relação a visão pedagógica que existe nestes projetos, que são os projetos de contraturno, o aluno atendido tanto nas instituições destes coordenadores quanto nas escolas municipais é o mesmo, ele sai de um projeto e vai pra a escola ou sai da escola e vai para o projeto. E como existe uma defasagem de aprendizagens, esse acolhimento do contraturno terá também um caráter pedagógico para auxiliar nessa retomada de aprendizagens”, informa Katiuce Lopes Justino, formadora de professores da área de Língua Portuguesa.

Katiuce explica ainda que “o caráter de cada uma dessas instituições precisa ser respeitado, então as instituições parceiras irão contribuir com as questões pedagógicas dos alunos, porém respeitando as características delas, características mais ligadas ao lúdico, ao esporte, aos projetos artísticos, à consciência ambiental. Então esse diálogo é muito produtivo, uma parceria em nome do aluno que é o nosso público-alvo”.

As entidades parceiras da Educação têm uma tradição de saberes historicamente acumulados porque eles fazem parte da comunidade, eles se integram com ela, então o trabalho de formação é uma troca, eles têm muito a dizer e a rede municipal de ensino muito a dizer para eles, resumindo, um diálogo positivo e enriquecedor para ambos os lados.

Texto: Cristiano Furquim/Secretaria de Educação
Fotos: Secretaria de Educação