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Mulher, PcD e I.R.

Troféu Fidelidade Aristides dos Santos 2022 homenageia a causa afro

Cerimônia anual aconteceu nesta sexta-feira,18/11, no CÉU das Artes, bairro Lealdade

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Comunicação Social

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Comunicação Social

Mais uma vez, o Troféu Fidelidade Aristides dos Santos homenageia em Rio Preto o trabalho de pessoas e entidades que lutam contra o preconceito racial, procuram elevar a dignidade afro e defendem a igualdade entre os povos. O reconhecimento ocorreu nesta sexta, 18, em cerimônia no auditório do CEU das Artes Aristides dos Santos Praça de Esportes e Cultura, um equipamento educativo da Prefeitura, instalado no bairro Lealdade.

A homenagem aos negros é promovida anualmente pela Secretaria da Mulher, Pessoa com Deficiência e Igualdade Racial, por meio do Departamento de Promoção da Igualdade Racial – DEPIR. O objetivo é homenagear as pessoas, empresas, organizações e instituições que prestaram e prestam serviços relevantes à comunidade negra, atuando no combate ao racismo e à desigualdade étnico-racial. Uma luta representada pelo nome que o troféu carrega: Aristides dos Santos, ilustre atuante em São José do Rio Preto.

Abrindo as falas, o presidente do Conselho Afro, Darok Viana, lembrou a figura política do vereador Pedro Amaral, negro de origem, que moldou o ambiente de governo de Rio Preto, elegendo-se vereador da primeira Câmara e ainda ocupou o cargo de intendente, à época correspondente ao prefeito. E lembrou a necessidade de homenagear também pessoas brancas que batalhem pela causa negra.

Darok citou Rosa Parks (1913-2005), uma ativista do movimento dos direitos civis dos negros nos EUA. No dia 1º de dezembro de 1955, Rosa entrou para a história por se recusar a ceder a um branco o seu assento em um ônibus em Montgomery, no Alabama.

Da programação constou uma apresentação do Projeto Dançando – Cia de Dança WSD, apresentando a dança “Quem tem medo de bicho-papão?”.

Ainda na abertura do evento, a secretária da Educação Fabiana Zanqueta pediu um minuto de silêncio pela morte da coordenadora pedagógica Priscila Castro Bindella, ocorrida no mesmo dia. Ela atuava na EM Ieda de Seixas Souza, em Engenheiro Schmitt.

Presentes a secretária da Mulher, Maria Cristina Godói Augusto; o presidente do Conselho Afro de Rio Preto, Elias Viana (Darok); presidente da Câmara, vereador Pedro Roberto; secretária da Educação, Fabiana Zanqueta; presidente do Conselho da Mulher, Maria Aparecida Cury; familiares de Aristides dos Santos; os oito homenageados e representantes da OAB Rio Preto e da empresa Benitez & Ramos.

Conheça os homenageados

ANTÔNIO AFONSO FELGUEIRA SIMÃO

Missionário, empreendedor, presidente fundador da Missão COAB (Casa do Oleiro Angola Brasil) e presidente fundador da Comunidade Angolana em Rio Preto e Região. Nascido em Caxito Bengo (Angola), começou treinamento para missionário aos 23 anos. Veio ao Brasil em busca de tratamento gestacional para sua mulher, Melanie. Começou um trabalho de atendimento à comunidade angolana e formalizou essa iniciativa para dar maior suporte assistencial às pessoas. Felgueira Simão é casado com a Melanie Simão e pai de Isabel, Melquisedeque, Abdalla, Kiria Nzola.

BETA CUNHA

Atriz, arte-educadora e diretora teatral, com mais de 30 anos de carreira. Graduada em Psicologia Licenciatura e Bacharelado Clínica, Psicodrama. Ministra aulas de teatro em escolas. É instrutora de teatro nos Núcleos Municipais de Artes e Cultura de Rio Preto e integra como atriz o coletivo Cênica. Contadora de histórias, contos, lendas e itans (conjunto de mitos e lendas do panteão africano). Atuante no coletivo feminista Elas por Elas, participa da UNEGRO de Rio Preto, do Conselho Afro de Rio Preto, e do Conselho Municipal de Políticas Culturais no segmento Cultura Negra e Indígena. Militante feminista e das causas de Igualdade Racial. Está diretamente ligada a manter vivo o legado do pai Laerte Cunha (in memoriam), um dos primeiros artistas negros do teatro rio-pretense.

CRISTIANE CRISTINA PEREIRA BRITO

Escrivã de Polícia no Estado de São Paulo há 31 anos, foi incentivada pelo pai José Pereira Brito, também escrivão de polícia, a ingressar na carreira. Iniciou sua trajetória na Delegacia de Defesa da Mulher de Rio Preto; prestou serviços na Delegacia de Investigações Gerais (DIG); depois foi alocada na Delegacia Geral de Polícia, na Capital. De volta a Rio Preto, assumiu cargo na Delegacia de Defesa da Mulher. É formada em Direito pela Unirp Rio Preto.

DENISE MARIA FERREIRA

Hoje Ekedy de Oyá na Casa Afro de Candomblé Ilê Asé Abi Ajagunã, dirigente da Casa Espírita José Cândido da Silva. Possui formação em Técnico de Contabilidade pela Faculdade Dom Pedro II; terapeuta holística pela Universidade Holística do Brasil de Guaratinguetá; Marketing e Organização de Eventos na Faculdade Metodista de São Paulo. Atualmente cursa Serviço Social pela Faculdade Dom Bosco. Coordenadora responsável pelo grupo Meninas do Bem e empreendedora social. Conselheira local de Saúde da UBS Solidariedade/Felicidade e vice-presidente do Conselho Afro. Conselheira no Conselho Municipal da Habitação no segmento Associação de Bairro, membro da Associação de Moradores do Bairro Estância Santa Clara da APM e do Conselho Escolar das escolas Professora Regina Mallouk (municipal) e Professor Octacilio Alves de Almeida (estadual); membro do coletivo Mulheres na Política, entre outros cargos de liderança.

IONÁ SANTOS RIBEIRO BARBERO

Assistente Social, trabalhou por 30 anos com famílias e mulheres em vulnerabilidade no Norte da África e Oriente Médio. Na Rede Refúgio é parte da equipe de coordenadores. Rede Refúgio é um projeto de apoio a refugiados e imigrantes em Rio Preto e região, iniciado na Primeira Igreja Independente Presbiteriana, feito em rede com várias igrejas, instituições públicas e privadas, e com diferentes departamentos do governo local. A população migrante é formada na sua maioria por mulheres e crianças. Atualmente, atende cidadãos haitianos, venezuelanos, bolivianos, dominicanos, colombianos, argentinos, afegãos, senegaleses, nigerianos, sírios e paraguaios.

LAERTE CUNHA

Teve múltiplas profissões na carreira e incentivou a cultura teatral, sendo o primeiro negro do Grupo de Teatro Rio-pretense, de Nelson Castro. Trabalhou desde os tempos de criança passando pelo antigo Matadouro Xavantes, loja de conserto de televisão, até ingressar como concursado no cargo de agente administrativo na Secretaria da Fazenda do Estado em Rio Preto. Cursou o técnico no Senac e Ciências Contábeis, na Faculdade Dom Pedro. Conheceu o professor Nelson Castro e ajudou-o a fundar o Grupo Teatral Rio-pretense. Foi o primeiro ator negro do teatro da cidade, atuou no grupo por 25 anos, tendo dirigido um espetáculo. É pai da atriz e professora Beta Cunha, de Laerte e Renata. Durante toda sua vida foi defensor das causas raciais e incentivador do progresso de pessoas negras. Morreu em 4 de janeiro de 2021.

MÔNICA ABRANTES GALINDO

Professora na Unesp e ex-presidente do Conselho da Mulher, é licenciada em Física, mestre em Ensino de Ciências e doutora em Educação, todos os títulos pela Universidade de São Paulo (USP). Atua principalmente na área de formação de professores, ensino de Ciências e questões de gênero, raça e classe, ligadas às relações das mulheres com as carreiras nas ciências exatas. Foi professora de Física da rede pública estadual de São Paulo e coordenadora pedagógica da rede municipal paulistana. Atualmente é professora assistente da UNESP e colaboradora do Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu de Biociências (UNESP). É coordenadora do NUPE (Núcleo Negro de Pesquisa e Extensão, da Unesp), do Projeto de Extensão Mulheres no Plural e conselheira do Conselho Afro de Rio Preto.

OLÍVIA MARIA JUSTO

Professora, dançarina, arte-educadora, sempre esteve na militância contra o preconceito racial. Em 1992, foi uma das fundadoras do grupo Dindara, e através de danças e teatro promovia a cultura afro no município. Esteve à frente da presidência da Associação Cultural e Recreativa Rio-pretense, fez parte do Conselho da Mulher, do Departamento de Promoção da Igualdade Racial, Piquenique com as Pretas, Conselho Afro dentre outras iniciativas culturais e sociais. Atualmente faz parte do coletivo Empodera, composto por mulheres pretas. Trabalha no Departamento da Pessoa com Deficiência da Secretaria da Mulher, Pessoa com Deficiência e Igualdade Racial como educadora física, na luta pelo fim da discriminação racial.

OAB – SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

A entidade máxima de representação dos advogados brasileiros e a responsável pela regulamentação da advocacia e pela aplicação do Exame de Ordem dos advogados no país possui em Rio Preto uma comissão voltada às discussões da Igualdade Racial, além de forte vínculo com o Conselho Municipal Afro e suas ações através de seus representantes vinculados à pauta, razão pela qual se dá esta indicação ao Prêmio Aristides dos Santos 2022.

BENITEZ & RAMOS

Empresa familiar dos irmãos Carmen, Nelson e Floriano Benitez Ramos iniciou suas atividades em junho de 1997, no segmento de autopeças e ferragens. Gradativamente a empresa foi crescendo e ampliando seu espaço e estrutura. No mercado, está posicionada como uma empresa diferenciada pela experiência positiva de compra e vivência de pessoas. Mesmo diante das adversidades econômicas e de mercado, a empresa nunca se acomodou e cresceu pela inovação e melhorias contínuas. Em 2012 recebeu o Prêmio Acirp como o melhor comércio de Rio Preto. Com a homenagem, entende-se que a Benitez & Ramos, com sua cultura familiar humana, procura cuidar com carinho de seu maior patrimônio, “as pessoas”, proporcionando conforto e bem-estar a seus colaboradores que já passam dos 30. Neste sentido, acredita que pessoas felizes no trabalho transformam a organização e o mundo; conserva o compromisso com a dignidade das pessoas, enaltecendo as suas diferenças; repudia quaisquer condutas discriminatórias seja racial, social, política, étnica, de gênero, por deficiência ou religiosa.

Texto: Cecilia Demian/Secretaria de Comunicação

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